30 de nov. de 2010

Quem compra produto pirata paga com a vida


A Fecomercio – RJ divulgou nesta quarta-feira, dia 30 de novembro, mais uma pesquisa sobre a situação da pirataria no Brasil. Feita desde 2006, esta é a 5a versão do documento e apresenta números cada vez mais preocupantes a respeito da atividade ilegal no país, incluindo desde CDs e DVDs a remédios e demais produtos falsificados que são vendidos em larga escala principalmente nas grandes cidades brasileiras.

Esta “Radiografia do Consumo”, como foi chamada, aborda principalmente o público consumidor, partindo do princípio que este é um elo da cadeia que precisa ser “conscientizada a todo tempo”, segundo o presidente da instituição, Orlando Diniz.

Entre os dados mais alarmantes, estão o aumento do percentual de pessoas que desconhecem os riscos e as conseqüências sociais e materiais ao adquirir um produto de procedência ilegal. Se em 2006, cerca de 66% dos pesquisados diziam ter algum tipo de conhecimento sobre as questões envolvendo a compra de produtos piratas, em 2010 este número diminuiu para 60%, mostrando uma involução na consciências das pessoas.

Entre os motivos que levam as pessoas a comprarem um produto pirata, o preço “mais em conta” é o principal, sendo apontado por 94% das pessoas. Mais da metade das pessoas entrevistadas não sabe dos riscos impostos à saúde ao consumir produtos piratas. “Em 2006, 42% dos brasileiros, já tinham comprado algum tipo de produto pirata. Em 2010, esse número subiu para 48%, ou seja, mais de 70 milhões de pessoas”, diz Orlando.

Para Rafael Favetti, do ministério da justiça, é preciso também mudar a forma de entender que o vendedor é um “pobre sem possibilidades na vida”. Para ele, esta é uma forma de “romantizar e minimizar” a atitude ilegal, que é considerada crime organizado e tem um alto poder destrutivo sobre a economia do país. “Combater a pirataria é trazer dignidade ao cidadão através do mercado de consumo”, ele diz.

Alem disso, reforça que todos os dados e pesquisas demonstram claramente que a pirataria está ligada ao crime organizado, tendo influência em tráfico de armas e mesmo narcotráfico. Aqui está, segundo o presidente da Fecomercio do Rio, o grande problema que motiva a campanha que está sendo lançada para trabalhar na conscientização da população. Com o titulo “Quem compra produto pirata paga com a própria vida”, ela entra em cartaz nos meios de comunicação ainda neste mês de dezembro, aproveitando o aumento do consumo do Natal.

LEGISLAÇAO

Outro problema apontado durante a apresentação do relatório é a revisão da legislação vigente, que precisa incluir as compras através da Internet. “Não há forma de controlar infelizmente. Mas é preciso ter mecanismos de repressão para quem vende e para quem compra, além da conscientização do crime que estão cometendo. Ao mesmo tempo, sabemos que é preciso que a industria disponibilize formas urgentes de oferecer seus produtos e competir com a ilegalidade”, disse o diretor do filme Nosso Lar, Wagner de Assis.

Você pode acompanhar na íntegra a pesquisa em pdf: aqui.

8 comentários:

  1. pirataria é crime, compartilhar é legal.


    e vai dizer que tão fazendo essa propaganda toda antipirataria pra ganhar mais bonus hora...

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  2. Favor deconsiderar o post anterior e considerar este:

    Concordo que a venda de produtos piratas está muitas vezes associada ao crime organizado e deve ser evitada. Mas os preços não tão lícitos cobrados pelos produtos ditos legais são os maiores incentivos à pirataria em minha opinião.

    A melhor forma de acabar com a pirataria é vender os produtos originais por preços compatíveis com o bolso do brasileiro. Não é só o consumidor que precisa ser conscientizado. O produtor também deve diminuir a sua ganância por lucros absurdos do contrário ele também é culpado na mesma medida do consumidor que busca produtos piratas.

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  3. Bem a pirataria matou as locadoras, hoje em vez de você alugar um filme por R$ 5,00 você compra dependendo da banca 3 filmes e com ótima qualidade de som e imagem quando cópia de DVD original. Eu concordo com os colegas, principalmente com Gwarah que para acabar com isso só diminuindo o valor do produto. Eu particularmente nem compro mas DVD em bancas eu vejo online mesmo já que há vários sites na internet que nos dão essa oportunidade.
    Porém também sou colecionador de filmes dos gêneros que curto, neste caso a coleção rola somente os originais.
    Qual o pai que ganha um salário mínimo pode dar de presente para sua filha um DVD original da Barbie? é complicado.
    Parabéns pela postagem e deixo aqui o convite para todos visitarem o Escrivaninha (Meu Blog).
    Fiquem todos com Deus e até aproxima.
    Abraços do Alê.

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  4. Concordo que os produtos originais são caríssimos em relação aos piratas que são quase de graça. E também acho que podemos encontrar preços bons nos originais. Às vezes um produto original nem é tão mais caro assim. Eu posso baixar discografias inteiras na internet de graça, mas eu não vou passar fome se ao invés disso pagar pelos CDs/DVDs.

    Um ponto negativo é que os DVDs das locadoras estão cada vez mais arranhados. Aí acaba sendo mais proveitoso vc pagar um dvd novo pirata, do que alugar um filme (mesmo sendo recente) que mal da pra assistir. Os honestos também tem que ser concientes de q não basta só alugar um dvd original, tem que não-estragá-lo.

    Mesmo assim, é bom pesquisar os preços. Nem todo original é tão caro assim. Muita gente nem tem noção do preço original das coisas que compra pirata.

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  5. Cade o DVD original?
    Pirata ja ta disponivel e quem mora fora do pais tem que esperar o lancamento do DVD por quanto tempo?

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  6. Olá! Paz a todos!

    O by Alê tocou em outro ponto importante onde existe uma lacuna jurídica: os filmes baixados pela rede. Em alguns países é considerado pirataria em outros não há leis definidas. Conheci alguns juristas que estavam tratando deste assunto com opiniões bem diferentes.

    Particularmente, estou adotando o seguinte critério para baixar filmes: se o filme está em locadora ou na loja por um preço acessível, eu o alugo/adquiro, senão eu baixo e mantenho no meu hd até adquirir o dvd original.

    Me parece que nos países desenvolvidos, as TVs por assinatura, estão trabalhando com um equipamento de TV por demanda em que o cliente baixa um filme e ele permanece um tempo num HD localizado no equipamento em que pode ser visto várias vezes.

    A idéia é interessante mas o problema são os fornecedores destas tecnologias que sempre ávidos por lucros altos lançam estes serviços a preços altos e leva um bom tempo para os preços ficarem acessíveis (o DVD foi um bom exemplo).

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  7. Gwarah.:
    Realmente concordo com você.
    Acredito que com a inclusão digital, com o computador acessível e uma internet boa há um preço ajudará bastante eliminar a pirataria. Poderá haver como eu disse locais que você assista o seu filme ou escute sua musica online, como uma TV aberta, os caras inventa uma forma e bota ali sei lá um comercial no meio do filme e tudo mais. E, com a inclusão digital e uma internet legal, com esses meios dificilmente a pessoa vai querer comprar algo pirata já que possui tudo isso em seu computador e HD.

    Valeu pela participação e deixo novamente o convite para que todos conheçam a minha Escrivaninha. Forte Abraço e Até aproxima.

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